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Por Clarisse Miranda

Viver na arte é uma dádiva, viver de arte é uma batalha que se vence diariamente

18/12/2023 às 12:02
 

Eu comecei no teatro aos 11 anos de idade.. Trabalhava fazendo espetáculos infantis e percorria os interiores do nosso país com peças...

 

Com passar dos anos, a vida me levou para outros caminhos profissionais, porém, ser atriz, me ajudou a viver e resolver situações muitas vezes complexas e em 2020 a arte me puxou de volta para o lugar de onde eu sempre estive, mas que não o enxergava dessa forma e assim, ela foi me renovando e me levando a lugares inesquecíveis e de muito aprendizado.

Eu achei que a arte não fazia mais parte de mim, porém, quando você a desperta, ela nunca mais te abandona...

 

Não deixem a arte que está dentro de você morrer.

 

Vá ao teatro, mas vá na busca de novas linguagens, novas propostas, se dê a oportunidade de despertar novos olhares... Busque grupos de estudos, cursos, vá a exposições, visite rodas de slam, quer dicas?

Te dou todas! Conheça:

 

• o grupo Nós do Morro , no Vidigal, que oferece um curso excelente de teatro;

 

• temos o Martins Pena no Centro do Rio, voltado ao teatro também;

 

• se quiser se aprofundar na história, conheça o trabalho percussor da arte negra no Brasil através do Teatro Experimental do Negro-TEN , criado em 1944 por Abdias do Nascimento, o Teatro Profissional do Negro-TEPRON , criado em 1970 por Ubirajara Fidalgo, o Teatro Popular Brasileiro-TPB criado em 1950 por Solano Trindade e o Teatro Folclórico Brasileiro- de 1949 criado por Haroldo Costa;

 

• hoje, temos  como referência o trabalho da * Confraria do Impossível , a Cia Teatral Queimados Encena , do Coletivo Bonobando ,  do Amir Hadad , do Coletivo Negro e os Crespos de SP, a Cia Negra de BH, o trabalho de décadas incrível do Bando de Teatro Olodum da Baêa;

 

• e Benjamin de Oliveira , que em 1870, foi o 1⁰ palhaço negro do país, conhecia? 

E o que mais buscar? 

 

Conheça: 

 

• o Centro de Artes da Maré , que oferece espetáculos dirigidos por pessoas periféricas, trans;

 

• assista a filmes de realizadores negros no Centro Afrocarioca de Cinema , na Lapa, vá ao Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul-Brasil, África, Caribe e Outras Diasporas que é a maior janela de cinema preto da América Latina e conheça o trabalho incrível de jovens do Cine Taquara, na Taquara;

 

Busque no seu bairro o coletivo que se movimenta e crie essa ponte entre a sua arte interior e as múltiplas vertentes da arte.

 

Se dê.

 

 

Clarisse Miranda Gomes

Atriz desde os 11 anos, integrou em um grupo de teatro amador por 08 anos, realizando diversos espetáculos infantis no Rio e interior de São Paulo e Minas. Trabalhou como Modelo, foi Hostess e Produtora Cultural por mais de 20 anos realizando diversos eventos culturais e artísticos. Foi produtora do Centro Afrocarioca de Cinema, por 09 anos e Mestre de Cerimônias do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul - Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, evento que existe 16 anos voltado ao cinema, que é a maior janela de cinema preto da América Latina. Foi aluna de Najla Raja, na extinta Casa da Gávea. Foi aluna do Nós do Morro, onde participou do espetáculo “Dostoiewiski, uma alma atormentada”, direção de Cico Caseira. Entre 2016 e 2017, integrou a trupe de atores comandada por Cico Caseira, no projeto, Vidiga Improvisa, espetáculo de improviso e humor com 06 atores e que movimentou o Morro Vidigal, levando todos os atores “crias” do bairro a participarem das esquetes. Outros trabalhos como atriz: